sexta, 26 de outubro de 2012

Agroindústrias do sudoeste querem ampliar mercado de olho na Copa de 2014

Agroindústrias do sudoeste do Paraná estão se preparando para ganhar mercado durante a Copa do Mundo de 2014. Para alcançar esse objetivo, integram o Programa das Agroindústrias do Sebrae/PR e investem conhecimento e recursos em produção, legislação, rotulagem, marketing, bem como negociam com potenciais compradores.

 

Na última terça-feira, dia 23, agroindústrias de Pato Branco, Renascença, São João, Bom Sucesso do Sul e Mariópolis, participaram da 1ª Rodada de Negócios das Agroindústrias do Sudoeste do Paraná, um teste em âmbito regional para quem deseja ganhar mercado na região e tem interesse no mundial de futebol, que terá Curitiba como uma das cidades-sede.

 

O evento realizado em Pato Branco promoveu a aproximação de empresas compradoras com as agroindústrias e incentivou novas parcerias comerciais. Supermercados e redes de Pato Branco e Francisco Beltrão conheceram e alinhavaram negócios com agroindústrias produtoras de embutidos, queijos, carnes, panificados, mel e alimentos congelados.

 

A coordenadora estadual de Agronegócio do Sebrae/PR, Andreia Claudino, conta que as agroindústrias estão se preparando para ampliar mercado, tanto em âmbito regional, quanto estadual. Por conta disso, já trabalharam questões como qualidade, segurança alimentar e temas referentes à visibilidade de produtos, com rótulos adequados, tabelas nutricionais e design.

 

"Uma vez preparadas, o Programa atua na comercialização.  A nossa intenção nessa rodada foi colocá-los em contato com possíveis compradores, pois vão colher informações sobre preços, logística,  mercado e tentar fechar novas parcerias comercias", analisou.

 

A rodada regional também foi uma oportunidade para quem deseja abrir fronteiras com relação à Copa do Mundo. "O agronegócio é um setor estratégico no Projeto do Sebrae para a Copa do Mundo. No caso das agroindústrias, a gente vai apresentar os produtos para potenciais compradores e estabelecimentos que terão contatos com os turistas em 2014, como hotéis selecionados pela FIFA, bares e restaurantes, com rodadas de degustação."

 

Sobre os produtos da região, Andréia Claudino acredita que poderão integrar o cardápio de alimentos disponíveis para os turistas na Copa. "Aqui na região temos um mix de produtos interessantes, uma preocupação com qualidade e apresentação e a gente pretende ter alimentos daqui disponíveis durante a Copa, o que vai ajudar a divulgar e aumentar o mercado consumidor dessas agroindústrias", completou.

 

A ampliação de mercado é meta, independente do tamanho da agroindústria. Na comunidade de Duque de Caxias, interior de Pato Branco, Luciane Lindner, com sua família, produz embutidos. Luciane contou que depois de integrar o Programa das Agroindústrias ganhou mercado. "Com a aplicação do manual de boas práticas de fabricação produzimos um alimento melhor e hoje já estamos comercializando em 33 pontos em Pato Branco."

Luciane acredita que o seu produto poderá estar entre os alimentos que serão consumidos na Copa. "O investimento,  procura por diferenciais e preços devem ser uma constante para ampliar mercado. Quem sabe com isso podemos vender a nossa produção fora de Pato Branco, na região e até em Curitiba", observou.

Quem já vende fora, também quer o mercado local e está de olho na Copa. Maciel Comunello, sócio de uma agroindústria que produz queijos frescos e iniciam a produção de queijos finos no município de Renascença, participou da rodada para ampliar a venda na região sudoeste e pretende abrir novos mercados também no Paraná.

"Hoje vendemos 90% da produção no eixo Rio de Janeiro e São Paulo. Queremos ampliar nossa venda para a região e a rodada é excelente para cortar caminhos e chegar até o supermercado", analisou.  

O presidente da União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado do Paraná (Unicafes Paraná), Luiz Ademir Possamai, acompanhou a rodada de negócios com otimismo. Para ele, eventos desta natureza aproximam a produção dos canais de distribuição e levam alimentos de qualidade para a mesa do consumidor com preços melhores.

 

"Negociar direto, num ambiente que você tem várias empresas, é vantajoso para quem vende e quem compra. As agroindústrias que vimos nessa rodada receberam orientação técnica e demonstram o resultado disso nos seus produtos diferenciados", destacou Possamai.

 

Rodada positiva

As avaliações dos participantes da 1ª Rodada de Negócios das Agroindústrias do Sudoeste foram otimistas e apontam uma previsão de gerar em torno de  R$ 40.500,00 por mês de vendas, o que poderá chegar próximo de R$ 500 mil num ano.

 

"Esse resultado e o evento em si foi importante para a maior inserção e oferta de mais produtos das agroindústrias nos pontos de venda para o consumidor da região, que poderá ter acesso a produtos com mais qualidade e com as características e a tipicidade do Sudoeste", avaliou Nézio José da Silva, consultor do Sebrae/PR em Pato Branco.

 

Nézio ainda apontou um resultado adicional do evento, além da promoção de renda em toda cadeia da agroindústria,  "iniciativas como essa agregam valor em toda cadeia de relações, o que contribui para mais qualidade de vida na agricultura familiar e do agronegócio, bem como na maior integração entre as pessoas que vivem no campo e o consumidor da cidade."

A Rodada de Negócios das Agroindústrias foi realizada pelo Sebrae/PR, com apoio do Sistema Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (SEAB), Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Sistema Ocepar e Unicafes Paraná.

 

 


Fonte: Assessoria de Imprensa SEBRAE/PR
 

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