terça, 27 de setembro de 2011
Setembro inicia com evento na Costa Rica para SGC’s
Na segunda semana de setembro estiveram reunidas lideranças das Sociedades Garantias de Crédito no XV Foro Ibero-americano de Sistemas de Garantias de Crédito para Micro e pequenas empresas que foi realizado na Costa Rica.
As atividades tiveram início na terça feira (07), com integrantes da delegação brasileira, a qual era composta pelos estados de Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraíba. O intuito dessa reunião somente com os brasileiros foi de promover uma integração entre os mesmos, além de apresentar o direcionamento estratégico do SEBRAE para o tema Sociedade de Garantia de Crédito. A reunião foi coordenada pelo sr. Carlos Alberto dos Santos, e pelos consultores do SEBRAE/NA, Robson e Patrícia.
Carlos Alberto citou que a política de financiamento do Brasil está crescendo rapidamente, como a recente medida governamental do financiamento imobiliário; que as pessoas jurídicas de pequeno porte são a "bola da vez". Porém encontram muitos empecilhos devido ao custo e prazo inadequados. Com isso salientou a importância das sociedades de garantias enquanto segunda geração, superando a lógica dos fundos de avais. Pois possuem forte controle social estabelecendo um ótimo nível de confiança, além de serem bem conceituadas.
Nos dias 8 e 9 aconteceu o Fórum propriamente, o qual contou com a presença de delegados de 40 países, contando com a participação da presidente da república na abertura dos trabalhos. Durante a programação foram abordados diversos temas através de cinco painéis, sendo que a abertura se deu pela realização de uma palestra que abordou o sistema financeiro nacional na Costa Rica como tema.
Nas discussões ocorridas foi visível a forte preocupação com a sustentabilidade dos diferentes mecanismos de garantias que são adotados nos países ibero-americanos. Houve relatos de diversas experiências como do Fundo Nacional de Garantias (FNG), da Colômbia que conforme explicou Juan Carlos Duran, presidente do FNG "Basicamente, fazemos um estudo de comportamentos agregados utilizando metodologias de estatística para calcular a probabilidade de cumprimento. Sabendo quais são as perdas esperadas, calculamos a reserva que devemos dispor para absorver essas perdas e as comissões que devemos cobrar".
Já no México a prática garante comissões mais baratas para os bancos; em troca disso, essas instituições financeiras podem oferecer produtos e serviços mais competitivos para MPE. O governo mexicano criou um programa específico para promover o acesso ao crédito por micro, pequenas e médias empresas (MPE) do País. O programa é executado pela Nacional Financeira (Nafin), banco de desenvolvimento, a fim de fomentar a competitividade das empresas por meio de financiamento e concessão de garantias. O programa foi apresentado por Rebeca Pizano, Diretora Geral Adjunta de Fomento da Nafin.
A experiência brasileira foi exposta pelo diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos em que disse que o Brasil está construindo um modelo de garantia híbrido para ampliar o acesso das micro e pequenas empresas (MPE) ao crédito, como os fundos garantidores começam a coexistem com as sociedades de garantia de crédito (SGC): "Há espaço para todos. Isso é bom para as MPE, é bom para o sistema financeiro, pois diminui os riscos, e é bom para o desenvolvimento do País".
Este evento está se tornando um espaço importante para a consolidação da rede de organizações de mecanismos de garantia e afirmação da necessidade dos sistemas nacionais de garantia para segurança do acesso ao crédito pelas MPM empresas. A troca de experiências entre as organizações o território ibero-americano contribui para que esse negócio se fortaleça e cresça cada vez mais.