TECNOLOGIA

terça, 22 de janeiro de 2013

Área de gestão automatizada no campo amplia setor de TI

baixa penetração de sistemas de gestão informatizados nos negócios de produtores rurais que trabalham em extensões de terra de pequeno e médio porte e a necessidade de soluções especializadas, como, por exemplo, ferramentas que facilitam a administração dos contratos de commodities na cadeia agroindustrial, têm sido encarados como nichos de grande potencial por empresas como a Totvs e a SAP.

A Totvs se prepara para lançar, no primeiro semestre deste ano, uma solução para pequenos e médios produtores do País, cuja comercialização será balizado na venda de software como serviços (conhecido pela sigla em inglês SaaS). Nesse modelo, a empresa que fornece o sistema se responsabiliza por toda a estrutura de servidores, conectividade e segurança dos dados, e o cliente pode acessar o software via Internet, pagando um valor recorrente pelo uso do serviço.

"Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE], Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil [CNA], Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento [Mapa], reunidos pela Totvs, o Brasil conta com cerca de 5 milhões de produtores que administram áreas com menos de 500 hectares. Destes, 98% não têm nenhuma solução de gestão integrada", comentou Gilsinei Hansen, diretor de Estratégia de Software da Totvs.

Com base nos dados, o executivo explicou que o atendimentos dos pequenos e médios produtores é um nicho pouco desbravado e que uma boa solução cujo pagamento se dá pelo serviço e não pela licença é interessante porque mais barata. "Nosso sistema de gestão agrícola ajuda os produtores em todas as etapas, do controle da área plantada, produtividade da terra e planejamento das colheitas até a emissão de notas fiscais", ressaltou.

O segmento de agronegócio da Totvs representa 4% do faturamento da companhia. Hoje a área esta estruturada em dois pilares, um que atende a cadeia sucroenergética (que engloba grande produtores de cana-de-açúcar, açúcar e etanol) e outro focado em multi-culturas, com projetos para produtores de grãos, frutas, algodão e outros.

O novo sistema de gestão foi criado para atender clientes de multi-culturas. Como os pequenos e médios produtores estão espalhados por todo o País a empresa optou por um plano de crescimento firmando parcerias com órgãos do governo e companhias ligadas à comercialização de grãos e defensivos, que já têm uma relação próxima aos produtores rurais. Além desse sistema, a Totvs investe em soluções de mobilidade com foco no desenvolvimento e atendimento de clientes do segmento sucroenergético.

Especialização

A SAP também aposta na adoção de softwares de gestão para a agroindústria, dando ênfase a uma sistema de Contrato de Gestão Agrícola (tradução da sigla em inglês ACM). O software gerencia os contratos de commodities dentro de toda a cadeia produtiva. A SAP não desenvolve soluções específicas de gestão agrícola. Segundo Claudio Lot, gerente de soluções de agribusiness da empresa, esse mercado [de gestão agrícola] conta com muitos players e sistemas e a SAP vê oportunidades mais interessantes no Brasil e no mundo, na gestão de contratos da agroindústria.

Explicando a solução da SAP, Lot contou que faltava no mercado global um sistema especializado na gestão de contratos do setor: "Optamos pela criação de uma solução integrada, cuja especialidade é gerir um grande número de informações, atuando desde a captação do contrato, qualificação, levantamento de riscos até a qualidade e volume das commodities. Já existiam sistemas que administravam contratos no geral, mas nós e trouxemos especialização para o nosso sistema", reforçou Lot.

Em 2013 o segmento de agribusiness da SAP deve lucrar mais com a venda de licenças para clientes que atuam na cadeia de grãos: "Os produtores soja do Brasil vivem um momento especial porque a safra recorde de 2012 e 2013 vai deixá-los muito capitalizados, assim devemos ter retorno maior vendendo licenças para clientes desse segmento".

Mercado de software

O presidente da Associação Brasileira de Software (Abes), Gerson Schmitt, afirmou o segmento agrário pode fomentar ainda mais a indústria nacional de software, cujo desempenho em 2012 foi bastante positivo: "Ainda não temos os números finais, mas estimamos que o mercado de software no Brasil cresceu acima de 2 dígitos".

O especialista destacou que empresas pequenas e médias de tecnologia que atuam em regiões produtoras de grãos e outras commodities têm ampliado investimento em soluções, mas fora grandes players como a Totvs, quem atua na área ainda esta invisíveis no mapa nacional de desenvolvimento. Para ele, o governo precisa atuar para mudar isso.
Fonte: Sistema FAEP
 

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