SAÚDE

quarta, 23 de janeiro de 2013

Hospital Oncológico de Beltrão é credenciado pelo SUS



Após anos de lutas e de mobilização política, foi assinada pelo secretário de Assistência da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (MS), Helvécio Miranda, na tarde de ontem, em Brasília, a portaria que habilita o Hospital do Câncer de Francisco Beltrão (Ceonc) para o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Para a deputada paranaense Luciana Rafagnin, que esteve no ministério, a assinatura é tida como um marco na saúde não apenas do Sudoeste ou do Paraná, mas, sim, do país como um todo. “Estamos lutando por melhorias da saúde regional há muitos anos. Essa luta se iniciou com o Hospital Regional e, posteriormente, com a busca do credenciamento do Ceonc”, disse Luciana. “Hoje (ontem) terminamos essa novela. Como tivemos uma grande luta, o resultado foi uma grande conquista, porque, com ela, o Sudoeste fez com que o país amadurecesse a ideia do atendimento do câncer mais próximo da casa dos pacientes”.

Segundo Luciana, a mobilização permitiu a mudança da portaria que deixa de cobrar 600 mil habitantes. “O hospital contempla também a região de Pato Branco, que hoje tem o tratamento, e ainda a região de Francisco Beltrão, que já tinha uma estrutura e precisava desse credenciamento”.

De acordo com informações repassadas pela deputada, com a assinatura da portaria 46, o hospital passa a ser habilitado a realizar mensalmente 600 pequenas cirurgias, 300 de média e alta complexidades e 400 procedimentos de quimioterapia. Ela também descreveu como tramita a situação da radioterapia. “Em aproximadamente 60 dias deve ocorrer à ampliação do atendimento. O secretário Miranda, em nome do ministério, se comprometeu em assinar esse novo credenciamento. O prazo de 60 dias foi um pedido do diretor do Ceonc, Paulo Ferri, para contratação dos profissionais para que possa entrar em funcionamento a radioterapia também por atendimento do SUS”.
Luciana destacou que tão logo seja publicada a portaria o atendimento SUS deve acontecer no hospital beltronense.

Repercussão
Atual gestor de Francisco Beltrão, Antônio Cantelmo Neto era secretário municipal de Saúde no momento em que se iniciaram as primeiras mobilizações para o credenciamento. “Hoje (ontem) é um dia de grande alegria. Essa luta começou há 10 anos, quando eu era o então secretário. E como todos os municípios da 8ª Regional de Saúde, começamos buscar o credenciamento de oncologia para Francisco Beltrão, sempre considerando o sofrimento que os pacientes tinham na época para se deslocar até Cascavel para fazer o tratamento”, declarou Neto, emocionado. Ele acredita que o conforto é o principal bem que se pode repassar aos pacientes.

“Com esse passo teremos um grande avanço no conforto do tratamento, diferente da realidade de 10 anos atrás, de quando começamos a batalha, e nossa referência regional era Cascavel com a União Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer (UOPECCAN) e o Ceonc, e ainda com pacientes realizando tratamento no Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba. Na sequência surgiu o tratamento em Pato Branco, que foi uma alternativa a mais, mas agora conseguimos o tratamento de fato e direito para Francisco Beltrão, que, embora pudéssemos operar, não tínhamos habilitação. Ou seja, tínhamos capacidade de instalação, profissionais, e não podíamos atuar”, esclareceu Neto.

Gestor do primeiro município sudoestino a conseguir o credenciamento SUS para o tratamento oncológico, Augustinho Zucchi relatou que deve receber na manhã de hoje relatório realizado pela secretaria de Saúde sobre as condições do hospital pato-branquense. Quanto ao atendimento e forma de atuação hospitalar envolvendo o tratamento de câncer, Zucchi afirmou que “eu falei com os hospitais daqui, que a realidade do tratamento contra câncer na cidade tem que mudar. Se não foi feito o investimento, vamos procurar a UOPECCAN para fazer. Existe um processo deficitário, onde todo mês se gasta mais com a questão do câncer do que se tem de alocação de verba por parte da Saúde”.

Em relação a conquista obtida por Francisco Beltrão, ele destacou o credenciamento de Pato Branco e tornou a afirmar que ainda não existe uma definição quanto a situação local, e esclareceu: “A conquista de Beltrão não interfere em nada em Pato Branco. O que queremos é um investimento. Se a Policlínica não o fizer, nós vamos procurar outro parceiro. Essa é nossa determinação já comunicada à Policlínica desde a primeira semana em que assumi”.
Fonte: Diário do Sudoeste
 

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