Empreendedorismo

quinta, 28 de fevereiro de 2013

Micro e pequenas empresas do PR geram 550 mil empregos em 12 anos, revela anuário do trabalho

Estudo feito pelo Sebrae Nacional e Dieese mostra evolução na criação de postos de trabalho pelo segmento no período de 2000 a 2011



As micro e pequenas empresas paranaenses criaram cerca de 550 mil novos empregos com carteira assinada entre 2000 e 2011, crescimento que permitiu ao segmento atingir a marca de 1,2 milhão de postos de trabalho no Estado.



A informação faz parte da quinta edição do Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa, uma iniciativa do Sebrae Nacional e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).



Em 2000, as micro e pequenas respondiam por 620,2 mil empregados no Paraná. O crescimento do emprego formal nos pequenos negócios – com faturamento bruto anual de até R$ 3,6 milhões – foi de mais de 90% no período.



No Brasil, em 12 anos, os pequenos negócios foram responsáveis pela geração de 7 milhões de novos empregos com carteira assinada, totalizando 15,6 milhões de postos de trabalho, 52% da mão de obra empregada no País.



O bom desempenho das micro e pequenas empresas no período analisado teve impacto positivo sobre a economia do Paraná graças à importância do segmento, diz o anuário que também reúne dados nacionais do segmento.



Em 2011, as cerca de 500 mil micro e pequenas empresas paranaenses respondiam por 99,2% dos estabelecimentos, 58,5% dos empregos privados não-agrícolas formais no Estado e por 48,9% da massa de salários.



Entre 2000 e 2011, por exemplo, de cada R$ 100 pagos aos trabalhadores no setor privado não-agrícola, R$ 49, em média, foram pagos por micro e pequenas empresas, o que revela a força do segmento.



Além do crescimento dos empregos formais, o período se caracterizou, diz o anuário, por uma aproximação das remunerações médias pagas por micro e pequenas empresas e por médios e grandes estabelecimentos no Paraná.



A remuneração média real – descontada a inflação - dos empregados formais nas micro e pequenas empresas paranaenses, entre 2000 e 2011, cresceu 26,31%, passando de R$ 954, em 2000, para R$ 1.205, em 2011.



Já nas médias e grandes empresas do Paraná, o avanço na remuneração média dos empregados, no período, foi de 14,35%, saindo de R$ 1.554 em 2000, para R$ 1.777, em 2011, de acordo com o anuário.

Nacionalmente, a remuneração real dos empregados nos micro e pequenos empreendimentos cresceu 18%, o dobro do aumento verificado nos salários pagos pelas médias e grandes empresas, que foi de 8,7%.





Amortecedor

Para o diretor-superintendente do Sebrae/PR, Allan Marcelo de Campos Costa, as micro e pequenas empresas são boas empregadoras e, em muitos casos, são responsáveis pelo primeiro emprego de jovens recém-formados.

Allan Costa destaca o poder de amortecedor dos pequenos negócios nas crises. “Enquanto, historicamente, médias e grandes empresas demitem, as micro e pequenas mantêm seus quadros em momentos de turbulência.”

O diretor-superintendente entende que os resultados apurados pelo anuário do trabalho são fruto de um contexto. As mudanças no ambiente legal e na economia brasileira nos últimos anos contribuíram fortemente para o cenário.



A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e o surgimento da figura jurídica do Microempreendedor Individual – para formalizar empreendedores que faturam R$ 5 mil por mês – são algumas variáveis apontadas por Allan Costa.



O mercado brasileiro, com mais de 100 milhões de consumidores, ajudou no crescimento das micro e pequenas empresas, que precisaram contratar mais. “Tudo isso faz com que vivamos um círculo virtuoso de empregos.”



Anuário

O Anuário do Trabalho, realização do Sebrae Nacional e Dieese, tem base em diferentes fontes de informação. O objetivo é reunir um conjunto de dados sobre o perfil e a dinâmica do segmento dos pequenos negócios.

A pesquisa utiliza informações da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Dieese e da Fundação Seade.
Fonte: Assessoria da Imprensa SEBRAE/PR
 

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