INVESTIMENTO
terça, 05 de março de 2013
Indústria francesa de lácteos pode se instalar no Paraná
O Paraná pode sediar uma das maiores indústrias de produtos lácteos da França, a Senoble, produtora de queijos finos, sobremesas geladas e iogurtes. Os executivos da empresa estiveram na última quinta-feira (28) na Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) para obter informações sobre a produção de leite e as potencialidades do Estado no ramo da agroindústria.
O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, recebeu a comitiva composta pelo presidente do grupo Senoble, Marc Senoble, e pelos diretores Olivier Bessut e Pascal Tisseau. Também participou da visita o diretor executivo do Grupo Guerra, Ricardo Guerra, de Pato Branco.
O Paraná é o terceiro maior produtor de leite do País, com uma produção de 3,81 bilhões de litros em 2011, que correspondeu a uma participação de 11,9% da produção nacional. O Estado se destaca pela produção de leite de qualidade e também na produtividade, mais elevada em relação a outras regiões do País.
Conforme levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) apresentado aos dirigentes do grupo Senoble, a produtividade média é de 2,4 mil litros por vaca/ano, quase o dobro da média nacional, que é de 1,3 mil litros por vaca/ano. Nas regiões com maior emprego de tecnologia do Estado, como a bacia leiteira de Castro, a produtividade atinge uma média de 10,9 litros por vacadia. Em algumas localidades, a produtividade dos animais ultrapassa 30 litros por vaca/dia.
Ortigara disse não ter dúvidas de que o grupo francês encontrará no Paraná tudo o que precisa para ampliar seus negócios. “Estamos com bom nível de atração de novos investimentos, com grandes empresas, inclusive francesas, se interessando cada vez mais pelo nosso Estado”, disse.
O secretário ressaltou que vislumbra um grande potencial na ampliação da participação paranaense no fornecimento de alimentos para o mundo. Neste ano, acrescentou, o Paraná deve colher 37 milhões de toneladas de grãos e o Brasil deverá colher 185 milhões de toneladas. “Nos próximos anos, certamente vamos crescer muito mais em produtividade”, disse.
Fonte: Diário do Sudoeste