quinta, 18 de agosto de 2011
Edson Casagrande critica lideranças de Francisco Beltrão e Pato Branco
O secretário estadual de Assuntos Estratégicos, empresário Edson Casagrande, criticou as lideranças de Pato Branco e Francisco Beltrão que travaram discussões nas últimas duas semanas, pela imprensa, em torno do credenciamento ou não do Hospital do Câncer/Ceonc junto ao Ministério da Saúde e ao Sistema Único de Saúde (SUS). Ele esteve sexta-feira, 12, no Centro de Convenções de São Jorge D´Oeste, para fazer um pronunciamento aos prefeitos e vereadores da região.
As lideranças políticas de Pato Branco se posicionaram contra a aprovação do pedido da proposta de convênio do Ceonc na Comissão Bipartite de Secretários de Saúde. No entanto, a sugestão de convênio foi aprovada por unanimidade na reunião de sexta-feira, 12, em Curitiba.
Os proprietários do Hospital do Câncer investiram R$ 8 milhões em equipamentos e na construção do prédio para conseguir atender os pacientes da região de Beltrão e de outros sete municípios do Oeste de Santa Catarina.
Para Edson, nenhum dos dois municípios tem condições de liderar a região. O secretário, que tem base eleitoral em Pato Branco, defende a união das lideranças das duas cidades. Ele disse que não tinha como não se envolver nesta divergência entre as duas cidades.
Edson buscou informações sobre a questão junto à Secretaria Estadual de Saúde e em Pato Branco. "Infelizmente, não tem como não se envolver. Por quê? Porque quando você exerce uma função como eu estou exercendo, nós temos que nos posicionar, esta é a nossa responsabilidade. Tem que se envolver", justificou.
O secretário complementou que, "em relação a este assunto e a outros que envolvem a disputa entre Francisco Beltrão e Pato Branco, eu sou totalmente contra este tipo de posicionamento, tanto de uma cidade quanto da outra". Ele salientou que "nenhuma cidade, seja Pato Branco, seja Beltrão, tem condições, sozinha, de liderar a região, uma depende da outra".
Para o secretário, o Sudoeste é pequeno - tem pouco mais de 500 mil habitantes - para estar dividido. "Somos uma região pequena, somos uma região onde temos um volume pequeno de produção, nós temos que trabalhar juntos", argumentou. A proposta de abertura da linha aérea interligando o Sudoeste a Curitiba é uma das ações que deveria unir as autoridades das duas cidades.
Na opinião de Edson, há necessidade de integração das lideranças. "A linha aérea: Pato Branco e Beltrão têm que trabalhar juntos, eu tô insistindo com o município de Pato Branco. Tem que trabalhar juntos, é uma forma de sustentação, senão, não vai", comentou.
O secretário de Assuntos Estratégicos salientou que "se nós não tivermos união, nós não vamos sustentar".
Contribuir com as duas cidades
Falando com tranquilidade e sem rodeios, ele lembrou que o Grupo Meimberg, do qual é um dos sócios, tem empresas em várias cidades do Sudoeste. "Se formos analisar, nós temos mais negócios em Beltrão do que Pato Branco. Eu, por uma questão de disposição da gestão de empresas, tô morando em Pato Branco. Agora, eu quero contribuir com essa presença nas duas cidades pra que a gente possa parar com este tipo de disputa", analisou.
O secretário não considera "saudável" este tipo de rivalidade entre duas cidades e suas populações. "Senão, daqui a pouco, nós vamos estar iniciando uma guerra".
Os veículos de comunicação deram vazão ao clima de insatisfação das lideranças das duas cidades. Mas Edson apelou para que a imprensa e seus profissionais comecem uma campanha. "Vamos começar uma campanha em prol desta união", conclamou.