AGRICULTURA

segunda, 01 de abril de 2013

Avicultores do Sudoeste reclamam da redução nos preços dos lotes de aves

O preço do quilo do frango pago ao produtor melhorou neste começo de ano depois. Num período de 30 dias, no Paraná, o preço saltou de R$ 2,31 para R$ 2,49 e nesta semana caiu para R$ 2,41. Claudinei Colognese, presidente da Associação de Avicultores do Sudoeste do Paraná, com sede em Francisco Beltrão, disse que "o frango deu uma melhorada no preço, agora é o peru".

O presidente da entidade afirmou ao JdeB que "a grande maioria está reclamando dos lotes". Conforme Claudinei, os produtores de perus estariam tendo metade do ganho. Ele afirmou que "a gente entende que esse foi uma sobra de aviários na parte dos perus". Os intervalos de alojamento estão acontecendo a cada 40 dias. A descoberta desta estratégia ocorreu na assembleia de constituição da Cooperativa de Avicultores do Sudoeste do Paraná, sexta-feira, 22, em Beltrão.

Gumercindo Panho, avicultor em Nova Seção, disse não ter percebido a redução nos valores pagos pela entrega dos lotes. O avicultor contou que o que ocorre normalmente é a variação dos valores entre um lote e outro e não há informações sobre os motivos.

Mas ele concordou que a BRF aumentou o intervalo entre a entrega e o alojamento de peruzinhos. A demora para alojar leva até 30 dias. Para os produtores de perus é ruim ficar muitos dias sem receber aves porque a maioria deles conta com trabalhadores. Ou seja, é um custo a mais para o produtor.

Claudinei prometeu aos produtores que nos próximos dias vai conversar com a Brasil Foods, dona das marcas Perdigão e Sadia, sobre os preços. Em Francisco Beltrão, a BRF mantém dois frigoríficos de perus — médio e grande porte — e são 430 aviários de perus existentes, de um total de 600 na região.

Leo Garcia, presidente eleito para o Sindicato Rural, comentou que há uma crítica grande em relação à Sadia quanto aos custos dos aviários e à manutenção. Por isso, ele considera interessante a fundação da cooperativa, para fornecer insumos a preços menores aos produtores já que as exigências aos integrados sempre aumentam. Ele adiantou que o sindicato vai estar junto nesta luta "pra ajudar o produtor".
Fonte: Jornal de Beltrão
 

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