ECONOMIA
terça, 09 de abril de 2013
Mesmo com medida federal, preços dos alimentos sobem no Sudoeste
Quem foi ao supermercado nos últimos dias sentiu o aumento nos preços. De acordo com o economista e professor Edmundo Pozes, os alimentos comuns na mesa do brasileiro estão mais caros. A farinha de trigo e seus derivados ficaram 32% mais caros nos últimos 12 meses; batata e legumes, 69%; óleo, 18%; ovo, 21%; feijão e arroz, 27%. O preço do tomate liderou, com 106% de aumento. O trigo é um exemplo de produto essencial escasso, e a maior parte da quantia consumida é importada da Argentina. Em comparação há 25 anos, as áreas plantadas caíram pela metade.
A presidente Dilma Rousseff anunciou, em 8 de março, que o governo federal deixou de cobrar o IPI e o PIS/Confis sobre todos os produtos da cesta básica, cujo objetivo é que o preço desses itens diminuíssem em pelo menos 9,25%. No caso do creme dental, o corte de impostos é de12,5%.
O governo afirma que não será cobrado mais nenhum imposto federal sobre carnes bovina e suína, aves e peixes, nem sobre café, açúcar, óleo de cozinha, manteiga, sabonete, papel higiênico e pasta de dentes: todos os produtos da cesta básica estão livres de impostos federais.
Mesmo assim a inflação dos últimos 12 meses, até fevereiro, fechou em 6,3%, próximo ao teto da meta do governo, de 6,5%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Conforme economista, a presidente pediu aos empresários que reduzam, pelo menos, 9,25% no preço de carnes, café, manteiga, óleo de cozinha; 12,5% na pasta de dente e sabonete. Ao deixar de cobrar o imposto federal sobre os produtos da cesta básica, o governo deixará de arrecadar R$ 7,3 bilhões ao ano. Alguns produtos já estavam isentos do IPI, mas ainda pagavam o PIS/Cofins. O percentual, nesses casos, cairá à zero. O IPI deixará de ser cobrado sobre açúcar e sabonete, os dois únicos produtos sobre os quais incidia com alíquota de 5%.
Fonte: Diário do Sudoeste