Desde janeiro deste ano que uma nova forma de organização na Secretaria de Desenvolvimento Rural de Francisco Beltrão está, aos poucos, melhorando os serviços de manutenção e readequação das estradas rurais. As mudanças atingem, principalmente, a parte administrativa, otimizando despesas e dinamizando os trabalhos da secretaria.

A primeira grande alteração é a nomenclatura e atribuições da Secretaria de Desenvolvimento Rural, criada a partir da fusão das secretarias de Interior e de Agricultura. Dentro do novo organograma da pasta existe o Departamento de Obras e Infraestrutura, que coordena os serviços nas estradas rurais.

Outra novidade foi a realocação das comunidades atendidas pelos serviços da secretaria. O interior do município foi dividido em três macrorregiões, cada uma contando com maquinário e pessoal próprio, segundo o diretor do departamento, Evandro Wessler. "Cada equipe de macrorregião tem patrola, caminhões, carregadeira, trator de esteira, rolo e escavadeira. Ainda não estão perfeitamente equipadas, mas nas próximas semanas estarão completas", diz. Está em fase final de licitação pela prefeitura a aquisição de três motoniveladoras, duas escavadeiras hidráulicas e um rolo compactador para viabilizar o pleno trabalho das equipes de macrorregião.

Cada uma destas equipes tem um coordenador, que planeja e programa a passagem das máquinas pelas estradas e acolhe as necessidades dos agricultores para serviços nas propriedades; um chefe e mais dez funcionários, entre motoristas e operadores, também compõem as equipes. Além de mais eficiente, as novas mudanças também tornaram os trabalhos menos onerosos. As máquinas, por exemplo, ficam em propriedades próximo de onde estão sendo realizados os serviços, ao invés de serem carregadas para a garagem municipal todo fim de tarde e voltarem pela manhã. Todos os dias os funcionários são transportados de van até o local dos serviços.

Desta forma, o tempo de trabalho dos colaboradores é otimizado. A comida também é feita nos locais, quando acompanha a equipe uma cozinheira que prepara o almoço, geralmente nos pavilhões das comunidades. Evandro reconhece que nestes primeiros meses o tempo tem sido um empecilho para a realização dos trabalhos, mas ressalta que os colaboradores estão motivados e dispostos. "Além de danificar as estradas, a chuva atrapalha nossos serviços.

Quando chove, não podemos trabalhar e ainda temos que esperar ao menos mais um dia para a terra secar e podermos entrar com as máquinas. Em março, por exemplo, tivemos só oito dias de sol", comenta. A manutenção e melhoria dos cerca de 3 mil km de estradas rurais do município é um dos focos da Secretaria de Desenvolvimento Rural, que vê na garantia da logística da produção agropecuária um meio de melhorar a vida dos pequenos e médios produtores.

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