Ao contrário dos produtores das regiões Oeste e Norte do Paraná, que decidiram investir no plantio do milho e feijão, em nossa região muitos produtores decidiram apostar no plantio de soja.

No Estado foram plantados 81.800 hectares, dos quais 36 mil no Sudoeste. Muitas áreas foram plantadas com atraso por causa da estiagem de janeiro. “Foi no limite; tem produtor que já plantou passando um pouco do prazo recomendado”, relata Antoninho Fontanella, do Deral-Seab.

O cultivo na safrinha, na micro de Pato Branco, saltou de 16.500 para 20 mil hectares. Os outros 16 milhectares são da região de Beltrão. Se as condições climáticas forem favoráveis, poderão ser colhidos de 34 mil a 40 mil toneladas.

Normalmente, o pessoal planta milho, soja ou feijão em cima de áreas de milho. Mas em nossa região o cultivo de soja na safrinha não é muito recomendado por causa das baixas temperaturas e possibilidade de geadas no outono.

Ivano Carniel, técnico do Deral-Seab, diz que os agricultores decidiram plantar atraídos pelos altos preços da soja. A saca de 60 quilos está na faixa de R$ 50 a R$ 52, um bom valor considerando-se que a colheita da safra normal está no final.

Mesmo com a oferta em alta, as cotações são favoráveis para a oleaginosa.

Ivano diz que a condição das lavouras da safrfinha está boa.

Na micro de Beltrão, as maiores áreas de soja estão no Vale do Rio Iguaçu. Os produtores colheram o milho e plantaram soja para fazer a rotação de culturas.

Antoninho Fontanella prevê que alguns produtores terão de dessecar (aplicar químico que seca as plantas) para que as lavouras não sejam colhidas no vazio sanitário - de 15 de junho a 15 de setembro. Novazio sanitário é proibido, pela Seab, ter lavouras de soja no Paraná. Com isso, se evita a proliferação da ferrugem asiática.

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