Em parte do Sudoeste, quem plantou a safrinha de soja está sofrendo com a incidência da ferrugem asiática, uma doença originária de um fungo e que já está causando perdas de até 30% nas lavouras da região. A severidade da doença está em função das variações nas condições do ambiente. Temperaturas baixas e o excesso de umidade propiciam a proliferação da ferrugem asiática.

"Com a chuva e o frio a tendência é que a ferrugem asiática aumente ainda mais. A impressão que temos é que as lavouras foram bastante atingidas na região. Nós ainda estamos conversando com produtores para saber exatamente como foram as perdas", comenta Antoninho Fontanella, diretor do Deral (Departamento de Economia Rural), da unidade da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento) de Francisco Beltrão.

"Registramos perdas de aproximadamente 30% nas lavouras dos municípios vizinhos, a ferrugem asiática afetou bastante. No ano passado o prejuízo foi menor, não tivemos um clima tão favorável para o fungo", comenta Francisco Migliorini, do departamento técnico da Coasul, de Renascença.

Em Francisco Beltrão, também houve perdas de até 30% nas lavouras. Segundo Josemar do Nascimento Júnior, da San Rafael, alguns produtores relaxaram um pouco mais nos cuidados com a cultura. "Tem que ficar sempre atento à lavoura, fazer mais aplicação e em um espaço menor de tempo. Não se pode deixar de cuidar, pois os prejuízos podem ser elevados", avalia.

Na região de Realeza e Santa Izabel D´Oeste, os produtores levaram mais sorte. Lá foi optado por plantar o trigo um pouco antes, pois a cultura de inverno está tendo um preço melhor neste ano. "Quem não dessecou a resteva teve problemas. Aqui poucos produtores apostaram na safrinha de soja. Portanto, as perdas por ferrugem asiática são muito pequenas. Mas eu percebi que para o lado da fronteira a incidência está acentuada", observa Adelar Spiller, do Grupo Bocchi, de Santa Izabel D´Oeste.

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