O clima até pode ser de baixa temporada para o turismo regional em virtude ao maior número de atrativos relativos a lagos e parques aquáticos, mas, mesmo assim, aqueles que gostam de aproveitar a estação mais fria do ano, têm garantia de que pode visitar o Sudoeste.
Variando do turismo religioso, rural, gastronômico, de lazer e cultural, os 42 municípios tentam se fortalecer e até mesmo buscam o apoio do governo do Estado para fortalecer o que poderia se chamar de um destino turístico que abrange o que, pela Secretaria Estadual de Turismo (Setu), é tida como a 9º região turística do Paraná, a Região dos Vales do Iguaçu.
Nesse processo de fortalecer a economia local e regional, municípios como Mangueirinha e Palmas são alguns dos exemplos de localidades que vêm desenvolvendo projetos para, quem sabe, receberem recursos estaduais e federais.
No caso de Mangueirinha, o projeto ainda está em fase de elencar as possibilidades e os atrativos do município, mas o que o prefeito, Albari Guimorvan Fonseca (Guimo), defende é um maior aproveitamento da represa gerada com a construção da Usina Hidroelétrica de Salto Segredo. “Este é o momento em que estamos fazendo o inventário turístico do nosso município. Ainda não temos um relatório final de atrativos catalogados, mas acreditamos que nos próximos dias tenhamos em mãos o estudo”, afirmou ele.
De acordo com Guimo, entre as primeiras ações a serem feitas destaca-se as obras de infraestrutura. “Estamos voltando nossos trabalhos para a pavimentação com pedras irregulares como forma de atrair investimentos da iniciativa privada nas áreas de hospedagem, lazer, turismo ecológico, educação ambiental, sustentabilidade, pesca esportiva, esportes aquáticos”, destacou. Ele afirma que “temos um grande potêncial turístico em virtude do lago de Salto Segredo, que está em sua grande maioria em território de Mangueirinha”.
Ao se referir a situação da reserva de araucárias inserida nas Terras Indígenas de Mangueirinha, o prefeito destacou que “temos nessa área uma araucária que é destaque e foco de visitação atualmente, e, ainda, por se tratar de uma reserva natural bastante preservada, podemos ter, quem sabe um dia, turistas conhecendo suas potencialidades”, concluiu.
Em contrapartida, o projeto piloto de fomento ao turismo de Palmas é entregue hoje ao ministro do Turismo, Gastão Dias Vieira, que está cumprindo agenda em Curitiba.
Conforme a chefe da Divisão de Turismo de Palmas, Fabíola Lazzaretti Delazy, o que o município deseja é fortalecer principalmente o potencial natural (inverno e ventos) existe. “Temos muitos atrativos, no entanto o projeto criado é para o desenvolvimento de um Parque Eólico, mas nosso objetivo é trabalhar o turismo do frio, dos ventos, o religioso, mas também queremos fortalecer o turismo de evento e negócio”, pontuou Fabíola.
Segundo a chefe de divisão, a inspiração do projeto palmense partiu de uma experiência que já dá resultados. “A ideia é fazermos no Parque Eólico um museu aos moldes do que hoje existe em Itaipu, onde poderemos contar com a interatividade, contando como acontece a produção de energia, com a possibilidade de medir a força do vento, ouvir e ver o quanto ele pode gerar de energia”, explicou.
Mesmo não sabendo precisar quantos são os turistas que hoje se deslocam a Palmas, Fabíola destacou que, segundo dados da Setu, a infraestrutura de hotéis e restaurantes do município mais frio do Sudoeste é suficiente e tem potencialidade de ampliação. “Não apenas Palmas, mas todo o Sudoeste possui um grande potencial a ser trabalhado, onde poderíamos integrar os municípios das microrregiões e, assim, agregar renda e mostrar atrativos que envolvem segmentos diferenciados”.
Fonte: Diário do Sudoeste