O Produto Interno Bruto (PIB) paranaense cresceu 2,8% no primeiro trimestre de 2013. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira (29/05) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e faz comparação com o mesmo período do ano passado. “Este crescimento é fruto de uma política de atração de investimentos e da valorização do setor produtivo através do diálogo”, afirma o governador Beto Richa.
Richa destacou que a agricultura “como sempre, contribuiu sobremaneira para esse resultado”, e apontou o Programa Paraná Competitivo, que já atraiu mais de R$ 20 bilhões em investimentos, como fator relevante na geração de riquezas do Estado. “Este programa vem alavancando e colocando nosso Estado em destaque no cenário nacional”, disse.
O bom desempenho estadual – superior à média nacional, que fechou o trimestre com alta de 1,9% no PIB – foi ancorado pela impulsão da renda do agronegócio e na vitalidade do mercado de trabalho regional, avalia o diretor-presidente do Ipardes, Gilmar Mendes Lourenço.
Ele explica que o Estado colheu uma safra de verão recorde em 2013, que passou de 23 milhões de toneladas, representando acréscimo de 30% sobre a produção anterior. As variações mais expressivas foram nas lavouras de soja (45%) e milho (9%).
“A combinação entre os preços internacionais ainda favoráveis dos alimentos e a forte elevação da produção de grãos produziu efeitos multiplicadores dinâmicos nas cadeias produtivas direta e indiretamente atreladas ao setor rural”, afirmou o diretor-presidente do Ipardes, Gilmar Mendes Lourenço.
INDÚSTRIA E COMÉRCIO – Na indústria, os segmentos de química, máquinas e equipamentos e alimentos, que tem forte ligação com a atividade agropecuária, tiveram altas de 12%, 4,9% e 2,1%, respectivamente. Mesmo com este resultado, a produção industrial paranaense exibiu queda de 4,6% nos três primeiros meses do ano. “Isto pode ser imputado, em grande medida, à base de comparação bastante elevada no ano passado, particularmente para a indústria gráfica, quando o setor manufatureiro regional estava ainda bastante aquecido”, explica Lourenço.
No comércio, houve um salto nas vendas de veículos (14,1%) e combustíveis (8,9%). O volume de vendas no varejo registrou ampliação de 7,6%, contra 3,8% para a média brasileira. O desempenho do setor foi puxado por segmentos que refletem alta na geração de emprego e renda, como artigos de utilização doméstica (13,3%), produtos farmacêuticos e de perfumaria (10,0%) e hipermercados e supermercados (5,5%).
MERCADO DE TRABALHO – Outra frente em que o Paraná se destacou foi na criação de empregos no primeiro trimestre deste ano. A Pesquisa Mensal de Emprego e Salário (Pimes), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que o contingente ocupado na indústria estadual subiu 1,8%. No País, houve queda de 1%.
O Estado lidera o panorama brasileiro, no qual apenas Santa Catarina e Minas Gerais também alcançaram resultados positivos de 0,4% e 0,2%, respectivamente. “A geração de empregos fabris vem crescendo por 18 meses seguidos no Paraná, enquanto no Brasil recua-se por 18 meses consecutivos”, salienta o diretor-presidente do Ipardes.
Também o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho em Emprego (MTE), aponta que o Paraná foi responsável por 7,6% dos empregos líquidos, com carteira assinada, criados no Brasil, em doze meses encerrados em abril de 2013. O Estado foi o quinto no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
A mesma pesquisa mostra que o Paraná produziu 12,4% dos postos formais de trabalho na indústria (mais nobres, com maior remuneração) brasileira, no último ano. Com isso, o Estado ficou em quarto lugar na abertura de vagas no setor no País, atrás apenas de Minas Gerais (17,7%), Rio Grande do Sul (15,8%) e Santa Catarina (14.4%).
PAÍS – O Brasil cresceu 0,6% no primeiro trimestre deste ano em relação aos três últimos meses do ano passado. Em comparação com o primeiro trimestre de 2012, o crescimento foi de 1,9%. A economia nacional foi puxada pela agropecuária (17,0%), sendo que a indústria caiu –1,4% e os serviços cresceram 1,9%.
Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) aponta acréscimo de 7,4% nas importações, 3% nos investimentos, 2,1% no consumo das famílias e 1,6% nos gastos do governo, além de queda de –5,7% nas exportações.
Fonte: Agência Estadual de Notícias