A BR-163 é a rodovia por onde passa boa parte da produção agrícola brasileira. Une Belém do Pará ao Rio Grande do Sul, atravessa o Brasil, tem ligação com Bolívia e Paraguai e, sobretudo, escoa a riqueza de uma poderosa região agropecuária que contribuiu para a economia do país. Não deveria ser mal-tratada.

        Em primeiro lugar, tapar buraco em rodovia é um vexame. Existem até operações tapa buracos, em todos os níveis: federal, estadual e municipal. É um vexame porque não deveria existir buraco em rodovia. O buraco é o atestado de que a pista foi mal feita.

        Pode haver uma imperfeição esporádica, uma rachadura que apareça. Mas buracos aos milhares, que aparecem porque chove, é um vexame nacional que os estrangeiros vão conhecer quando vierem para a Copa do Mundo. Eles não vão acreditar quando seus veículos começarem a chacoalhar e a arrebentar pneus e rodas em buracos.

        As empreiteiras brasileiras que fazem estradas no exterior realizam excelente trabalho. A pista absorve a água, é duradoura, porque tem uma boa base e uma boa massa asfáltica. É claro que fora daqui tem fiscalização e pode até haver corrupção, mas sobra muito para a estrada.