Pela primeira vez pesquisa da Fecomércio traça perfil econômico da região.

Há 12 anos, a Federação Nacional do Comércio (Fecomércio) realiza periodicamente a Pesquisa Conjuntural do Comércio Paranaense. No entanto, pela primeira vez o Sudoeste e seu comércio varejista passam a integrar o estudo.
Como metodologia para os primeiros apontamentos, os pesquisadores responsáveis por mapear a economia varejista da região estão levando em conta os mesmos segmentos que já são analisados no Estado (móveis, decorações e utilidades domésticas; cine-foto-som; óticas; vestuário; tecidos; calçados; farmácias e perfumarias; concessionárias de veículos; combustíveis e lubrificantes; livrarias e papelarias; autopeças e acessórios; lojas de departamentos; suplementos e material de construção).
Por ainda estar em fase de implantação, a primeira parte da pesquisa apresentada pela federação corresponde ao movimento dos setores supermercadistas; móveis, decoração e utilidades domésticas; vestuário e tecidos; e concessionárias de veículos. No entanto, já é possível comparar o desenvolvimento econômico do Sudoeste com o restante do Estado.
Segundo a analista de pesquisa da Fecomércio, Pricila Andrade Takata, que está pela região acompanhando o trabalho dos agentes, assim como no Estado o Sudoeste teve uma queda nas vendas no comparativo de março e abril. “No desempenho da região no mês de abril, com relação a março, foi observado uma queda nas vendas, porém ela já era esperada. Essa queda também aconteceu nas demais regiões do Paraná”, disse. A pesquisadora justificou a redução de vendas dizendo que março tem uma maior movimentação financeira em virtude das voltas às aulas.
No entanto, Pricila destaca que no primeiro quadrimestre, ao se comparar com 2012, o Sudoeste obteve um crescimento. “No acumulado do ano, as vendas no Sudoeste tiveram crescimento de 22,53%, bem acima da média paranaense registrada em 7,56%, o que nos deixa bastante otimistas com a economia regional”, pontuou.
Os setores
Com um estudo bastante detalhado, a Fecomércio pôde apurar que o segmento de segmento de móveis, decoração e utilidades domésticas registrou crescimento nas vendas em 3,65% na região, enquanto o nível de emprego caiu 5,39%. Em contrapartida, no setor de vestuário e tecidos, as vendas caíram em 5,44%.
O estudo aponta ainda que os supermercados registraram uma queda de 12,55% nas vendas com relação o mês anterior, o que pode ter refletido ainda na queda de 2,58% no nível de emprego. Outro setor que registrou queda foi o das concessionárias de veículos, que teve uma baixa de 6,06% no mesmo período, e redução de 0,55% no que se refere a emprego.
Priscila também destacou que uma vez implantada a pesquisa na região, ela deve ser permanente. “Este estudo veio para ficar, por isso trabalhamos com empresas fixas todos os meses, onde os dados não são repassados para os concorrentes, mas, sim, compilados e demonstrados por setor”.

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