Realizado em Pato Branco, evento trouxe informações estratégicas para estimular agentes do agronegó
Mais de 250 pessoas, entre produtores rurais e representantes de cooperativas, associações, sindicatos, agroindústrias, distribuidores, exportadores, acadêmicos e instituições de apoio ao setor, participaram nesta quinta-feira, dia 20, em Pato Branco, do AgroEX – Seminário do Agronegócio para Exportação, iniciativa da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) que contou com a parceria do SEBRAE/PR e diversos parceiros locais.
Além de apresentar os programas do governo federal que apoiam a atividade agroexportadora, o seminário repassou um panorama das principais negociações internacionais no setor, debatento questões sanitárias e fitossanitárias, além de divulgar linhas de financiamento às exportações, formas de agregar valor aos produtos e estratégias de promoção internacional.
Marcelo Junqueira Ferraz, diretor do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio, do MAPA, falou das oportunidades e desafios às exportações. A infraestrutura, na opinião de Ferraz, é um dos gargalos para a exportação do agronegócio.
“A Região Sul, por exemplo, tem uma infraestrutura suficiente. No entanto, como outras regiões mandam produtos para essa região, acabam criando novos problemas. A saída que mostramos no evento são outras rotas de escoamento dos produtos, que podem ser no Norte do País”, apontou.
Sobre as possibilidades, essas são inerentes ao próprio agronegócio no País. “Em termos de custo de produção somos competitivos da ‘porteira pra dentro’. Quando nossos produtos saem da ‘porteira’, em razão de gargalos como a infraestrutura, vamos perdendo competitividade”, pontuou.
Ferraz também enfatizou que exportar é importante, traz benefícios para o País, e está ao alcance dos empresários das pequenas empresas, para tanto é preciso haver associativismo e cooperação para construção de estratégias conjuntas.
“Não somente o grande empresário, mas os pequenos devem olhar para as possibilidades. A exportação exige volume e regularidade, então o caminho para os pequenos é se associarem de forma cooperativa ou através de um cluster, para ter mais força”, detalhou.
O prefeito de Pato Branco, Augustinho Zucchi, ressaltou, além da importância do evento para a região que possui representatividade em termos de organização, de produção e exportação, o fato da cidade estar entre as seis do País que sediam o AgroEX em 2013.
“É preciso discutir o setor do agronegócio no Brasil, porque é o responsável direto pelo equilíbrio na balança comercial, trabalha com tecnologias de última geração, mas que enfrenta problemas em questões de logística e infraestrutura”, ponderou. Além de Pato Branco, neste ano, o cronograma de seminários AgroEx tem como sedes Aracaju (Sergipe), Passo Fundo (Rio Grande do Sul), Uberlândia (Minas Gerais), Lages (Santa Catarina) e Ji-Paraná (Rondônia).
Para o diretor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus de Pato Branco, Idemir Citadin, apresentar como é possível se preparar e acessar o mercado externo é importante, também em nível de formação acadêmica.
“A informação trazida nesse evento deve ser agregada na formação acadêmica. No AgroEX, temos as regras, desafios, procedimentos e protocolos para a exportação. É preciso entender disso para começar seus negócios, que não precisam ter volumes grandes para exportar”, comentou .
Corredor logístico
Uma estratégia local para integração entre a região sudoeste, o estado do Paraná e os países vizinhos, chamado de “corredor logístico”, foi apresentado pelo especialista em Gestão de Negócios e subchefe da Casa Civil do governo do Paraná, Guto Silva.
A intenção do estudo é utilizar a condição privilegiada da região para trazer um fluxo importante de produção, cargas e desenvolvimento. O sudoeste paranaense tem uma característica diferenciada, que envolve três pontos de fronteira seca, em Barracão, Santo Antonio do Sudoeste e Capanema.
Informação e oportunidade
Para o consultor do Sebrae/PR, Nézio José da Silva, o seminário foi estratégico pelo conjunto de palestras, com oportunidades, mecanismos de apoio e casos de sucesso apresentados.
“O evento trouxe uma série de informações sobre instrumentos como crédito, feiras no exterior com rodadas de negócios e missões que podem ser acessadas pelos nossos produtores e empresários, bem como experiências bem-sucedidas de empresas que começaram pequenas aqui da região e hoje exportam para diversos países do mundo. O evento foi uma ‘janela aberta de oportunidades’ para quem deseja exportar ou se preparar para ser mais competitivo no mercado brasileiro”, completou.
temas atuais sobre o mercado internacional formaram a pauta do evento. Entre eles, a integração contratual como estratégia de acesso ao mercado internacional, que foi abordado por Eduardo Mazzoleni, da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, do MAPA. Os passos para obter êxito na exportação de produtos da agroindústria foram elencados por Adilson Oliveira Farias, da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, também no Ministério.
Entre os relatos de casos de sucesso da região sudoeste, participaram Alexandre Pirih Pecoits, diretor de Operações da empresa Gralha Azul Avícola, que explanou sobre a importância de cumprir requisitos de qualidade, obtenção de certificações, e exportação de ovos férteis e de consumo e Ivan Fernando de Lima, diretor executivo da Frango Seva, que falou sobre exportação de carne de frango, e a importância de sensibilizar as pessoas na empresa para saber que cada um faz algo que vai somar no processo produtivo, e que a exportação é um resultado que envolve a participação de todos.
Foram parceiros do MAPA na realização do seminário em Pato Branco, o Sebrae/PR, a Prefeitura de Pato Branco, UTFPR, Sociedade Rural, Sistema Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Associação Comercial e Empresarial de Pato Branco (ACEPB), Governo do Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Sindicato Rural de Pato Branco, União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes PR) e Agência de Desenvolvimento do Sudoeste.
Fonte: Ass. de Imprensa Sebrae/PR