AGENCIA DE DESENVOLVIMENTO
terça, 02 de julho de 2013
Mestre queijeiro italiano produzirá primeiro lote do queijo Migrante
O mestre queijeiro Battista Attorni, da Itália, está na região para participar de uma programação de duas semanas dentro do projeto "Queijo Típico do Sudoeste", que está sendo desenvolvido pela Agência de Desenvolvimento Regional em parceria com empresas, entidades e instituições de ensino. A primeira reunião foi realizada na manhã de ontem, 1º, na sede da agência, em Francisco Beltrão, para discutir medidas que serão adotadas durante o processo de produção. O queijeiro italiano irá ajudar a produzir o primeiro lote do queijo "Migrante", um tipo diferenciado que busca imprimir características próprias do Sudoeste do Paraná.
O diretor da Agência de Desenvolvimento Regional, Célio Bonetti, afirma que foram separadas bactérias benéficas do leite da região para formar um fermento nativo. A primeira etapa do processo foi desenvolvida no laboratório da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus de Pato Branco. Depois da seleção, as bactérias foram encaminhadas para o laboratório do Instituto Bioagro Innovazione e Biotecnologie Agroalimentar, na região de Vênetto, na Itália, onde foi produzido o fermento autóctone.
Segundo Bonetti, por enquanto quatro laticínios da região aderiram à produção do Migrante: Laticínio HE (Coronel Vivida), Primo Queijo (Renascença), Alto Alegre (Verê) e Farbom (Bom Jesus do Sul). A ideia é que no futuro mais estabelecimentos produtores possam aderir ao projeto. Para garantir aroma e sabor diferenciados, de alta qualidade, só será utilizado leite da região produzido dentro de um rigoroso processo. O mestre queijeiro Battista Attorni irá produzir o primeiro lote, repassando a técnica para os profissionais dos laticínios da região.
Produção x treinamento
Terça, quarta e quinta-feira a produção será no Laticínio HE, na semana que vem o treinamento ocorre na Primo Queijo. O queijo deverá passar por um processo de maturação que irá durar até o final do ano. As peças ficarão armazenadas em câmaras frias com monitoramento de temperatura, umidade e textura. A estimativa é que sejam produzidos 1.000 quilos. Depois serão realizados eventos sensoriais para degustação e análise de sabor.
"Irão levar de seis a sete meses até elaborar o produto. Na sequência, vem o registro do produto e desenvolvimento do plano de negócio", frisa. O principal financiador do projeto é o governo de Vênetto (Itália), com 65% dos recursos, e o restante por entidades da região. Célio adianta que no dia 12 de julho irá acontecer um evento em Coronel Vivida para discutir o fortalecimento dos queijos artesanais do Sudoeste.
Fonte: Jornal de Beltrão