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sábado, 06 de julho de 2013

Região Sudoeste tem mais de 7.900 microempreendedores formalizados

Encerraram-se ontem, em Francisco Beltrão, as atividades da 5ª Semana do Microempreendedor Individual (MEI) desenvolvida pelo Sebrae. Foram realizadas dezenas de orientações para microempreendedores, através de consultorias individuais, oficinas e palestras. Durante a programação no município foram realizadas as oficinas Sebrae para o Empreendedor Individual (SEI), que incluíram soluções como SEI Controlar meu Dinheiro, palestra ministrada na quarta-feira, 3; e Como criar um modelo de negócio para a minha Empresa, na quinta-feira. Cerca de 50 pessoas participaram da capacitação nos dois dias.

Desde o lançamento da figura jurídica do Microempreendedor Individual, em 2009, o Sebrae realizou quatro edições da Semana do MEI. Naquele ano, o primeiro evento formalizou 46,5 mil empreendedores. Já em 2010, a Semana ficou concentrada nas cidades do interior do Brasil, o que resultou em uma formalização de 28,8 mil. Até o momento ocorreram 3.144.354 formalizações no Brasil, sendo 164.906 do Paraná e 7.940 da região Sudoeste.

A consultora do Sebrae de Francisco Beltrão Claudinéia Cabral afirma que as capacitações vão ajudar o microempreendedor individual a compreender o mundo empresarial em que está envolvido e as vantagens da formalização. Os empreendedores receberam orientações sobre as obrigações legais, serviços de baixa, alteração na empresa e a impressão dos boletos das obrigações fiscais. Além disso, foram repassadas dicas de gestão, marketing e as opções de crédito.

Conforme disse Claudinéia, um levantamento apurou que o perfil dos microempreendedores é formado por homens e mulheres de 25 a 29 anos, com ensino médio ou técnico, que trabalham em casa e que não têm outra fonte de renda. "Só há vantagens neste programa, pois ao se formalizar, o empresário passa a ter vantagens em licitações de prefeituras e linhas de crédito com juros reduzidos", frisa.



Medo da inflação

O agente de crédito do Banco do Empreendedor de Francisco Beltrão, Itacir Camilo Rovaris, salienta que neste ano já foram formalizados no município 177 microempreendedores. A Sala do Empreendedor, por exemplo, que funciona como um suporte de apoio a quem busca informações para seu empreendimento, fez 1.701 atendimentos no primeiro semestre, sendo 22% para informais, 19% para microempresas e 15% para microempreendedores individuais. Além de 357 orientações empresariais. No ano, a entidade aprovou 40 projetos de financiamento com a liberação de R$ 426 mil. Em 2012, o banco financiou mais de 120 projetos com injeção de R$ 1,2 milhão na economia local. Segundo ele, a procura vinha sendo boa até dois meses atrás, quando a inflação voltou a dar sinais de que pode atravancar a vida do brasileiro e a onda de protestos estourou no país. "As empresas, de modo geral, estão com receio de fazer dívidas, porque tem medo de pegar empréstimo e não ter condição de honrar. Nesse momento há um temor com o futuro da economia", frisa.



Construtor se legalizou e só vê vantagens

O construtor Vivaldino Ferrari, 55 anos, morador do bairro Pinheirinho, em Francisco Beltrão, se formalizou como microempreendedor individual há um ano. Na tarde de ontem ele foi até o Banco do Empreendedor encaminhar seus documentos para obter o financiamento de R$ 3,5 mil que pretende utilizar para comprar um betoneira e uma serra circular. Ele irá pagar o empréstimo em três anos com juros de 0,52% ao mês. Depois que se legalizou, Vivaldino conta que apareceram mais serviços. "A maioria das pessoas hoje quer firmar contrato, quer nota fiscal, e legalizado a gente consegue financiamentos. Ficou muito melhor, estou conseguindo mais obras."

O microempreendedor tem um funcionário com carteira assinada e pretende ampliar o número de empregados em breve. Como o MEI prevê no máximo um empregado, ele deverá migrar seu negócio para uma microempresa. Ele já tem uma betoneira, mas quer outra porque costuma tocar mais de uma obra por vez. O que ele considera mais importante é a seguridade social. Ele passou a contribuir com o INSS, depois de seis anos trabalhando com autônomo na informalidade. "Quando a gente é novo não pensa, depois faz falta para se aposentar." Além disso, estando assegurado pela Previdência, ele e seu funcionário têm uma garantia em caso de acidente de trabalho, que é muito comum no setor da construção civil.
Fonte: Jornal de Beltrão
 

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