Região

terça, 08 de outubro de 2013

Sem acordo, quórum da greve dos bancários só aumenta

Outras agências estão aderindo à paralisação, que não tem data para terminar.

Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta apresentada pela Fenaban (sindicato patronal) na sexta-feira (4) de reajuste salarial de 7,1%, ou seja, aproximadamente 1% de aumento real, afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Bancários (Contraf-CUT) e coordenador do comando.

A oferta foi feita aos representantes da categoria em reunião marcada pela própria Fenaban, um dia após os representantes do comércio pressionarem um acordo entre a federação e a categoria. Segundo a Confederação Nacional dos Dirigentes Logistas (CNDL), o setor pode ter perdas de até 30% se a greve se prolongar até o quinto dia útil do mês. Foi a primeira oferta desde o início da greve, no dia 19 de setembro.

Após reunião das lideranças sindicais, foi decidida pela rejeição a discutição da oferta. "Estamos rejeitando essa proposta, pois ela não contempla os principais itens da categoria, não só os econômicos, mas também os sociais", diz Cordeiro. A categoria pede 11,93% de correção (5% de aumento real).

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, representa mais de 120 sindicatos em todo o país. As lideranças vão se reunir com os trabalhadores em assembleias e informar que a direção do movimento está defendendo a rejeição do que a Fenaban propôs.

Seguindo o comando, o Sindicato dos Bancários do Sudoeste do Paraná segue roteiros de visitas em outros municípios para que mais bancários sigam a greve nacional. Na tarde de ontem, Coronel Vivida foi o município que se uniu a Pato Branco, Francisco Beltrão, Capanema, Dois Vizinhos e Realeza.

Conforme informações do vice-presidente do Sindicato, Gervásio José Rohde, hoje a comitiva deve seguir para Itaperaja D’Oeste, São João e Chopinzinho, repassando informações sobre a situação, já que são 20 dias de greve no país. “Isso está se tornando preocupante. Eles (banqueiros) não estão tendo o respeito que os bancários merecem”, diz Rohde.

Na manhã de ontem, os grevistas de Pato Branco estiveram reunidos na praça Presidente Vargas, também discutindo a questão da rejeição da proposta. Segundo o vice-presidente do Sindicato, o grupo achou uma falta de respeito.

Algumas pessoas encontraram dificuldades durante o dia de ontem ao precisarem dos bancos. Algumas agências ficaram sem sistema durante algumas horas e outras apresentaram grandes filas. “Sobre os problemas, não dá pra dizer se é do banco. Não tivemos acesso às informações, mas alguns comentam sobre telefonia ou até mesmo algo em Brasília”, diz Rohde.
Fonte: Diário do Sudoeste
 

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