quinta, 08 de janeiro de 2015

PIB DO SUDOESTE CRESCE MAIS QUE DO ESTADO

O PIB (Produto Interno Bruto) do Sudoeste do Paraná cresceu acima da média do Paraná e do Brasil. O PIB dos municípios brasileiros foi divulgado no mês passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e revela uma expansão de 6,92% na região, tendo como ano base 2012. No mesmo período o crescimento do país foi de apenas 0,9% e do Paraná de 2,1% com relação ao ano anterior. A soma de todas as riquezas da região passou de R$ 10,5 bilhões, em 2011, para R$ 11,3 bi em 2012.
Os municípios seguiram uma tendência nacional que teve no setor de serviços o melhor desempenho (1,7%), enquanto que a agropecuária (-2,3%) e a indústria (-0,8%) registraram queda. O PIB brasileiro em valores correntes alcançou R$ 4,403 trilhões em 2012. O PIB per capita alcançou R$ 22.402, mantendo-se praticamente estável (0,1%) em relação a 2011. Em 2013 o PIB brasileiro teve um desempenho um pouco melhor, cresceu 2,3%, porém o resultado por município só será divulgado em 2015.
Apesar de crescer, o PIB per capita do Sudoeste (R$ 19.151,58) ficou abaixo da média brasileira (R$ 22.402,00). Uma diferença de R$ 3.250,42. A região continua crescendo com indicadores favoráveis, mas assim como o restante do país revela problemas sérios de infraestrutura, especialmente no setor de transportes. As lideranças da região elencaram rodovias, aeroportos e ferrovia como as principais reivindicações da Carta do Sudoeste.
Os maiores PIBs per capita são dos municípios de Saudade do Iguaçu (R$ 68.935,81) - que inclusive é o segundo maior do Paraná, só perdendo para Paranaguá - São João (R$ 34.821,43), Mangueirinha (R$ 33.526,81), Bom Sucesso do Sul (R$ 32.228,63), Vitorino (R$ 28.664,26) e Renascença (R$ 27.456,96). Saudade do Iguaçu (Salto Santiago) e Mangueirinha (Salto Segredo) tem o diferencial dos royalties das usinas, por isso apresentam uma renda expressivamente maior.
O empresário Ricardo Toseto Ciquelero observa que dos 42 municípios da região, apenas quatro - com grande produção agrícola e pequena população, sendo dois com grandes usinas (que distorcem completamente os resultados municipais) - tem valores acima da média do Estado, "resultado que evidencia a falta de dinamismo da economia da região, que tem se mantido relativamente estagnada com o PIB per capita em patamares ao redor de 80% do resultado estadual, ao longo dos últimos 5 anos".

Pato Branco tem o maior PIB
O PIB de Pato Branco é o maior da região. Subiu de R$ 1,6 bilhão para R$ 1,8 bilhão (13,6%) em 2012. Francisco Beltrão vem na segunda posição com R$ 1,5 bilhão. Crescimento de 11% frente os R$ 1,3 bi do ano anterior. O menor, por outro lado, é de Pinhal de São Bento com R$ 28,5 milhões (PIB per capta R$ 10.851,00), seguido por Manfrinópolis R$ 40,4 milhões (PIB per capta R$ 13.352,32).

Saudade do Iguaçu teve maior queda
Apesar de ter o maior PIB per capita da região, Saudade do Iguaçu teve uma queda de 26% no ano em análise. O município é um dos mais pequenos do Sudoeste com cerca de 5 mil habitantes. Na sequência, também tiveram desempenho ruim Mangueirinha (-9%), Honório Serpa (-4%) Salgado Filho (-3%) e Pranchita (-0,69%).

Crescimento x desenvolvimento
O professor de economia Douglas Paz salienta que o PIB é um indicador de crescimento econômico. De acordo com ele, para se analisar o PIB, em primeiro lugar é preciso diferenciar crescimento de desenvolvimento. "Crescimento é a simples expansão do PIB, ao passo que desenvolvimento considera outros aspectos, envolvendo além do econômico, o social e o ambiental; sendo um fenômeno perceptível no largo prazo. O crescimento do PIB é o primeiro passo no processo de desenvolvimento econômico."
O economista ressalta que no Sudoeste, apenas Pato Branco e Francisco Beltrão apresentam PIBs que podem ser destacados. Ambos colocam-se entre as 25 maiores economias do Paraná, isto é, entre os 25 municípios mais ricos do Estado. "Os demais municípios da região apresentam economias muito pequenas, extremamente dependentes do setor primário (agropecuária). Já os setores secundário (indústria) e terciário (serviços) destacam-se em Francisco Beltrão e Pato Branco."

Riqueza concentrada
Douglas Paz salienta que um problema que não aparece nos números do PIB, é que apesar de a região gerar riqueza, esta riqueza é muito concentrada. O mercado de trabalho ainda é pouco dinâmico, comparado com outras regiões próximas. "Geramos muitos empregos, porém de salário mínimo, o que é insuficiente para desenvolver a região, sobretudo à medida que desanima os nossos jovens, que acabam sendo premidos a migrarem para regiões que pagam mais (Santa Catarina, por exemplo). Para 2015 a tendência é de arrefecimento da atividade econômica brasileira, inclusive."

Variações positivas
Dentre os 42 municípios do Sudoeste, os que apresentaram maior variação de um ano para o outro foram São João, com crescimento de 27,8%, Bom Sucesso do Sul (20%), Eneas Marques (17,3%), Sulina (16%) e Santo Antônio do Sudoeste (15%).Todos são municípios que se destacam pela produção agropecuária.
Fonte: Jornal de Beltrão
 

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