Beto Richa destacou que todo o processo deve transcorrer com a maior transparência, através de um debate franco com a sociedade, que implique em uma tarifa justa.

Os estudos para o Corredor do Sudoeste, que vai de Marmelândia até Palmas, uma das principais demandas da Região Sudoeste, estão prontos. A obra vai ser realizada com a concessão da rodovia. O anúncio foi feito pelo governador Beto Richa (PSDB) em uma reunião no Palácio Iguaçu com o deputado Ademar Traiano (PSDB), deputados, prefeitos e lideranças do Sudoeste.

O governador anunciou também obras emergenciais na PR-280 no valor de R$ 3 milhões e manutenção nos próximos meses com cronograma de obras até apresentação, em setembro, do plano de concessão que será debatido em audiências públicas.
O governador informou que a alternativa de federalizar a estrada foi abandonada depois que o governo federal deixou claro que não teria interesse em assumir a rodovia, embora tenha adotado essa prática em outros Estados, como Santa Catarina. A alternativa encontrada foi a privatização dos 284 quilômetros, através de concessão.
Os estudos para a concessão estão concluídos e o processo para privatizar a rodovia e outras estradas que necessitam de melhoras e duplicação vai começar em setembro, anunciou Beto Richa.

Anseio antigo
A solução encontrada foi saudada por Traiano, que destacou que a melhoria do tráfego e a duplicação "é um anseio antigo da região e deve representar a redenção do Sudoeste".
O prefeito de Pato Branco, Augustinho Zucchi (PDT), destacou que a cobrança de pedágio - em valores aceitáveis - será assimilada tranquilamente pela população, dada a importância da obra que vai garantir trafegabilidade e segurança, dois itens essenciais que não existem no momento. "A população não é contra o pedágio. A população é contra os altos preços do pedágio", destacou Zucchi.

Expectativas atendidas
O prefeito de Francisco Beltrão, Antonio Cantelmo Neto (PMDB), afirmou que a iniciativa tem total e integral apoio político da administração e que também será mobilizada toda a opinião para tocar o projeto. "A reunião atendeu todas as expectativas, porque é consenso, entre todas as autoridades, que precisamos tomar alguma medida e o governador nos apresentou duas ações, primeiro uma operação tapa- buraco (a ser executada pelo DER), com início imediato, e a outra é a concessão, com pedágio a preços aceitáveis, tendo como grande destaque a duplicação entre Francisco Beltrão e Pato Branco", comentou o prefeito Neto.
Os deputados Wilmar Reichembach (PSC), Guto Silva (PSC) e Paulo Litro (PSDB), também defenderam a concessão da rodovia.
Guto, porém, ponderou: "a concessão não era a solução ideal para mim. Tivemos uma sinalização pelo governo federal pela federalização no ano passado, porque apenas no Paraná o trecho é estadual, mas o Dnit voltou atrás. Agora temos que ter maturidade para discutir essa alternativa. Se for cobrado pedágio, que seja pela menor tarifa e com duplicação, porque a carga tributária já era pesada e aumentou muito nos últimos meses".
Reichembach, que também foi a Curitiba especialmente para a reunião de ontem (os deputados estão em recesso), também destacou o consenso que ele viu entre as lideranças em priorizar estradas de qualidade para o Sudoeste.
Único caminho para que a duplicação da estrada ocorra com a urgência necessária. Traiano destacou que as obras, duplicações, trincheiras e viadutos vão desafogar uma das maiores e mais importantes regiões produtoras do Paraná. Uma obra com custo estimado em R$ 1,8 bilhão que Estado algum tem condições de bancar sozinho, ainda mais em um momento de crise como o país está vivendo.
Beto Richa destacou que todo o processo deve transcorrer com a maior transparência, através de um debate franco com a sociedade, que implique em uma tarifa justa, aceitável para as pessoas e pelo setor produtivo. O governo do Estado está ciente da urgência dessas obras, da compreensível ansiedade com que elas são esperadas, e tudo fará para que elas tenham início o mais breve possível.

Recuperação imediata
Segundo o governador Beto Richa (PSDB), as obras de recuperação da rodovia, pelo DER, começam assim que houver estiagem, uma vez que as chuvas também impossibilitam ações de recuperação no pavimento. "Vejo como primeiro passo importante para recuperar essa rodovia que é muito importante para a região. Agora iremos discutir com as entidades a Parceria Público Privada, principalmente os valores e seu formato", disse o presidente da Associação Comercial de Pato Branco, Fabrício Valenga.

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