segunda, 26 de outubro de 2015

Degustações testam queijo típico do sudoeste do Paraná

Análise sensorial integra projeto de desenvolvimento do queijo Santo Giorno, produto que busca indicação geográfica

Mais de 300 pessoas participaram, em Francisco Beltrão e Pato Branco, da análise sensorial do queijo típico do sudoeste do Paraná, o Santo Giorno, que está sendo preparado para entrar no mercado nacional e internacional. A degustação aconteceu com apoio dos supermercados Ítalo (Francisco Beltrão) e Patão (Pato Branco), que cederam seus espaços para técnicos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e do Sebrae/PR realizarem o procedimento.

A análise sensorial é uma das fases do Projeto Santo Giorno, trabalhado na região por meio de parceria com diversas entidades. Durante a degustação, os consumidores provaram o queijo com maturação de 120 dias. Ao provar o produto, que está situado na categoria de queijos finos, responderam um questionário de aceitação, do qual as informações serão utilizadas para a formatação e aprimoramento do produto.

O professor da área de Química da UTFPR, Edimir Andrade Pereira, detalhou que depois de completar a análise sensorial com variedades maturadas em 60 dias, feita em agosto passado, e 120 dias, na última semana, os dados colhidos com os consumidores serão reunidos para definir um produto de acordo com a maior demanda.

“Hoje, o consumidor está mudando o perfil, prefere queijos mais elaborados. Por isso, essa fase é importante para o projeto. Pensamos em colocar no mercado o mais rápido possível. A parte de tecnologia está praticamente pronta e o Santo Giorno é viável”, comentou.

O consultor do Sebrae/PR, Sabino Oltramari, lembrou que essa etapa completa o trabalho de análise sensorial do queijo e, paralelamente, ações como registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e de mercado estão sendo trabalhadas pelas entidades envolvidas no projeto.

“A partir do registro no MAPA estaremos produzindo e colocando o Santo Giorno no mercado paranaense e da Região Sul. Até o ano de 2018 pretendemos ter o queijo típico, produto diferenciado e com denominação de origem geográfica, no mercado nacional”, projetou Oltramari.

Aprovação

João Carlos Iagnecz, empresário de Pato Branco, aprovou o queijo e a ação da análise sensorial. Sobre o produto ser desenvolvido na região sudoeste paranaense, como um alimento típico, ele elogiou a iniciativa.

“As duas variedades que provei do queijo são boas, com identidade de queijo fino mesmo. Criar um produto com identificação de origem, feito aqui, valorizará a nossa região e também os produtores e agroindústrias envolvidos”, analisou.

História

O diretor da Agência de Desenvolvimento Regional do Sudoeste, Célio Boneti, conta que o Projeto hoje integrado pela UTFPR – Campi de Francisco Beltrão e Pato Branco, Sebrae/PR, Agência e a entidade italiana Associação Bellunesinel Mondo, teve como primeiros passos um diálogo entre as famílias Mezzomo, de Coronel Vivida, e a Belluno, na Itália, em 2006. Depois, em 2010, foi criado uma proposta que originou o Santo Giorno.

“Criamos um produto com intervenção de alta tecnologia na cadeia produtiva láctea. Um processo que refletirá direta e, indiretamente, nos elos da cadeia, determinando um produto típico do Sudoeste”, descreveu Boneti.

Na prática, o queijo fino Santo Giorno só poderá ser produzido no território da região. Qualquer produto feito fora, com as mesmas características, terá que levar o rótulo ‘tipo Santo Giorno’, como acontece com queijos famosos no mundo, como o Grana Padano.
Fonte: Ass. de Imprensa - Sebrae/PR
 

PARCEIROS E APOIADORES

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