Pato Branco (em sétimo) e Francisco Beltrão (em nono) estão entre os dez melhores.
O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2015, divulgado ontem, 4, revela que 96% das cidades paranaenses têm nível de desenvolvimento alto ou moderado. O estudo destaca, ainda, que o Estado não possui qualquer cidade de baixo desenvolvimento e que 45 de seus municípios estão entre os 500 melhores do País.
"É um resultado que nos motiva a continuar perseguindo os nossos objetivos de elevar os indicadores de desenvolvimento social e econômico do Estado", afirmou o governador Beto Richa (PSDB). A seu ver, o Paraná consegue harmonizar desenvolvimento econômico e inclusão social, como afirmam vários levantamentos recentes. Ele cita a pesquisa do IBGE/Ipardes, que mostrou que o Paraná se tornou a quarta maior economia do País em 2013; da PNAD, que demostra que o Paraná registrou, no terceiro trimestre de 2015, um salário médio 12% superior ao do Brasil, e do Ipea, que atesta que o Estado é o que tem a segunda menor desigualdade social do País.
Indicadores
Criado pelo Sistema da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) para acompanhar o desenvolvimento socioeconômico do País, o IFDM avalia as condições de educação, saúde, emprego e renda de todos os municípios brasileiros. Em sua nova edição, o estudo usa base em dados oficiais de 2013, últimos disponíveis.
O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada cidade em quatro categorias: desenvolvimento baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1).
Foram avaliados 5.517 municípios, que abrigam 99,8% da população. Ficaram fora do índice cinco cidades criadas recentemente, que ainda não possuem dados suficientes para análise, e 48 que não declararam ou possuem informações inconsistentes.
Dos 399 municípios do Estado, 383 possuem o IFDM moderado (entre 0,6 e 0,8) ou alto (entre 0,8 e 1,0), o que corresponde a 96%. No Brasil, a média de cidades com esse nível de desenvolvimento é de 68,1%.
Liderança
Para o presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), o bom índice conquistado pelo Paraná se deve ao desenvolvimento do Estado como um todo.
Em 2013, ano no qual a pesquisa da Firjam se baseia, o Paraná se tornou a quarta maior economia do País.
Maringá ocupa a primeira posição no ranking estadual, com 0,8740 ponto, seguida de Apucarana (0,8729), Cianorte (0,8647), Campo Mourão (0,8643), Paranavaí (0,8627), Curitiba (0,8618), Pato Branco (0,8607), Medianeira (0,8545), Francisco Beltrão (0,8511) e Toledo (0,8507), que está na 10ª colocação.
De acordo com o estudo, desses dez municípis, o primeiro colocado, Maringá, apresentou avanço nas três vertentes e, com isso, galgou duas posições em relação à medição anterior. "Maringá consegue combinar bom resultado econômico, em parte influenciado pelo agronegócio, com bons serviços de educação e saúde", explica Suzuki Júnior.
Na segunda posição estadual, Apucarana perdeu a liderança devido, sobretudo, à queda de 6,3% em emprego e renda. O grupo dos dez melhores municípios paranaenses tem alto grau de desenvolvimento e todos eles estão entre as 100 maiores notas do Brasil no IFDM.
Nas últimas colocações, estão os municípios de Altamira do Paraná (0,5891), Amaporã (0,5865), Itaperuçu (0,5837), Clevelândia (0,5795), Imbaú (0,5740), Piraquara (0,5738), Godoy Moreira (0,5555), Cândido de Abreu (0,5403), Curiúva (0,5396) e Doutor Ulysses (0,5366), que está na última posição no ranking estadual.
Desenvolvimento
O IFDM destaca que para conquistar uma posição entre as dez melhores do Estado, os municípios registraram alto desenvolvimento em educação e saúde e, no mínimo, resultado moderado em emprego e renda.
O índice também revela que sete desses municípios apresentaram crescimento em educação e cinco em saúde, ao passo que seis deles tiveram queda em emprego e renda, variável mais suscetível às flutuações do ambiente econômico. O IFDM indica que o desenvolvimento socioeconômico do País está comprometido por conta do cenário econômico.
Fonte: Jornal de Beltrão e AMSOP