Na Amsop, debate sobre o Corredor Sudoeste
sexta, 15 de julho de 2016
O Consórcio Caminhos do Sudoeste foi autorizado a estudar a viabilidade técnica, econômica, financeira e jurídica para a sua implementação
A expectativa é de um bom público, hoje a partir das 14 horas na Amsop de Francisco Beltrão para o debate sobre o Corredor Sudoeste - trecho de Realeza a Palmas.
"É um tema de interesse de toda a região", comentou o prefeito de Marmeleiro e presidente da Amsop, Luiz Bandeira (PP). São cerca de 290 quilômetros de extensão, que, hoje, devido ao tráfego intenso de veículos pesados, oferece risco à segurança dos usuários.
O secretário estadual Valdir Rossoni (Casa Civil) e o presidente da Assembleia, Ademar Traiano (PSDB) estarão presentes. Eles chegaram ontem no município.
Por deliberação do Conselho Gestor de Concessões do Governo do Estado, o Consórcio Caminhos do Sudoeste foi autorizado a estudar a viabilidade técnica, econômica, financeira e jurídica para a implementação do Corredor. O propósito da reunião é colher contribuições da sociedade sobre este processo.
A questão que envolve as rodovias do Sudoeste é antiga, e desde o ano passado ganhou novo impulso, quando o governador Beto Richa (PSDB) recebeu, no Palácio Iguaçu, prefeitos, deputados estaduais e federais e lideranças do Sudoeste para conhecer o projeto de concessão da PR-280. A extensão considerada prioritária, pelo fluxo de veículos, é entre Beltrão e Pato Branco - cerca de 60 km.
"Faço questão da maior transparência na discussão do assunto, que possamos discutir passo a passo com a sociedade do Sudoeste a melhor proposta para todo o trecho, que atenda a demanda da região no que se refere à segurança dos usuários", afirmou no ano passado Beto Richa.
Uma das alternativas em debate, desde 2011, é a concessão pedagiada da rodovia, mas com tarifas que não onerem a população.
O projeto desenvolvido pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) prevê uma série de melhorias, como a duplicação do trecho entre Francisco Beltrão e Pato Branco.
"Fizemos uma contagem de tráfego da rodovia, que chegou em torno de 7,5 mil veículos circulando por dia, o que justifica fazer a concessão", disse o diretor-geral do DER-PR, Nelson Leal Júnior.
O DER vem estudando as necessidades da rodovia - onde, com mais urgência, precisa de duplicação, de terceiras faixas e de viadutos ou trincheiras, em consonância com o projeto da Amsop e da Agência de Desenvolvimento Regional, também já encaminhado para a Secretaria Estadual de Infraestrutra e Logístiva.
Este projeto, reunido em cinco volumes, aponta áreas com prioridades imediata, média e mais a longo prazo.
No debate de hoje na Amsop serão elencadas propostas para posterior encaminhamento. Mas não deverão ser diferentes do que até agora foi debatido, com duplicação e terceiras faixas ocupando a maioria dos itens.