Cratera de Vista Alegre

terça, 08 de outubro de 2019

Pesquisadores de 7 países pesquisam cratera de Vista Alegre em Coronel Vivida

A Administração Municipal de Coronel Vivida e a Universidade de Brasília promoveram um encontro de geólogos de sete países, nos dias 6 e 7 de outubro, na Cratera de Impacto de Meteorito do distrito de Vista Alegre.
Eles buscavam novos dados e materiais para embasar estudos atualizados sobre a cratera. Ao final dos dois dias de pesquisa, o grupo esteve na Prefeitura, conversando com o prefeito Frank Schiavini, para repassar um resumo das atividades e agradecer pelo apoio antes e durante a expedição.
Elder Yokoyama, professor da Universidade de Brasília, da área de Geologia e Geofísica, e um dos organizadores da expedição, revelou que na semana anterior à visita, em Brasília, foi realizado um congresso científico, que reuniu os maiores especialistas do mundo em impactos de meteorito, e uma parte dos pesquisadores decidiu participar dos novos estudos em Coronel Vivida.
Antes de tudo isso, houve ainda um convite especial do professor do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Álvaro Crosta, que descobriu a Cratera de Impacto de Vista Alegre, em 2004. Crosta não pode estar presente na visita deste mês, por motivos de saúde. “Entendemos a importância desse fenômeno, pelo número restrito de crateras de impacto com formação em rochas basálticas em todo o mundo. Por isso, a Cratera de Vista Alegre é uma das poucas oportunidades de fazer um estudo análogo de outros corpos celestes como, por exemplo, o planeta Marte e satélites como a Lua”, comentou Yokoyama. Segundo ele, “das, aproximadamente, 190 crateras catalogadas no mundo, provavelmente temos apenas cinco que são de basalto: três delas estão no Brasil, no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; e as outras duas se encontram na Índia”.
O grupo que esteve na cratera era formado por 13 pesquisadores, sendo quatro franceses, três australianas, dois alemães, uma escocesa, um estoniano, um estadunidense, e o professor Elder, que realizou pesquisas pela terceira vez no local. Um dos objetivos do grupo era a busca por materiais com características próprias para a datação do fenômeno.
Um dos pesquisadores franceses e uma das maiores autoridades mundiais no assunto, Philippe Lambert, diretor fundador do Centro Internacional de Pesquisa e Restituição de Impactos, em Rochechouart, França, com a tradução do professor Yokoyama, falou que “com o auxílio da comunidade, a cratera possui todas as condições de se tornar um monumento geológico reconhecido como patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)”.
Após dois dias de observações, coleta de material, registros fotográficos, diálogos com moradores, os estudiosos estiveram no gabinete executivo, conversando com o prefeito Frank Schiavini antes de retornarem para seus respectivos países. Schiavini agradeceu pelo apoio na divulgação desse patrimônio natural vividense. “Ficamos muito agradecidos com a presença deles, com o trabalho que desenvolvem, auxiliando o município a difundir a importância da Cratera de Vista Alegre nos pontos de vista científico e turístico”.
Yokoyama disse que acredita que novas publicações científicas possam surgir após essa expedição. “Agradecemos ao poder público pelo incentivo, pelo apoio da Ivania Zuqui (diretora municipal de Cultura e Turismo), pois a cada visita nós encontramos algo diferente. É um ganho de conhecimento enorme a cada pesquisa e é bem possível que novos artigos científicos sejam produzidos pela comitiva”.


Fonte: Diário Sudoeste
 

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