quarta, 18 de janeiro de 2012
Lideranças dos estados do Sul discutem a estiagem
Embora esta semana a chuva cause estragos em algumas regiões do Estado e já seja a nova inimiga das lavouras e das cidades paranaenses, agricultores familiares dos três estados do Sul ainda convivem com os prejuízos acarretados pela estiagem prolongada deste ano.
No Paraná, as regiões mais afetadas foram Oeste e Sudoeste. É por isso que ontem e hoje cerca de 150 dirigentes sindicais da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul/CUT) estão reunidos em Francisco Beltrão para um encontro que, entre outros temas, discute a recuperação das perdas com a estiagem. As lideranças dos agricultores também se preocupam com as medidas propostas para atualização do Código Florestal, que tramita no Congresso Nacional. O encontro acontece na Casa de Formação de Lideranças.
No Rio Grande do Sul, estado mais afetado, 282 municípios decretaram situação de emergência; em Santa Catarina, estima-se que 80 enfrentem o mesmo problema e no Paraná, segundo o governo do estado, já somam 137 municípios com prejuízos causados pela estiagem. O presidente da Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop), Luiz Carlos Gottardi (PMDB), prefeito de Salto do Lontra, participa desde ontem em Brasília de audiências para tratar do socorro do governo federal aos atingidos pela seca.
Além dos R$ 10 milhões previstos pelo governo federal para auxiliar os municípios paranaenses atingidos - são dez milhões para cada Estado do Sul -, outras ações virão de Brasília para socorrer os atingidos pela seca. Estima-se que cerca de um bilhão de reais virão apenas do seguro agrícola. Segundo Gottardi, 85% das lavouras de agricultores familiares do Sudoeste estão cobertas pelo seguro agrícola do Pronaf e para as 15% restantes o governo federal também anunciou medidas emergenciais e que visam minimizar os prejuízos.