ECONOMIA

quarta, 27 de fevereiro de 2013

Indústria paranaense registra maior faturamento da história em 2012

A indústria paranaense fechou 2012 com crescimento de 2,27% em suas vendas em relação a 2011, revela levantamento divulgado nesta quarta-feira (20) pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). O resultado, somado ao aumento de 2,89% no nível de emprego do segmento, coloca o ano passado como o de melhor desempenho da indústria do Estado desde 1986, quando o Departamento Econômico da Fiep iniciou o processo de avaliação da conjuntura industrial.

O resultado positivo em 2012 foi possível mesmo com a queda, típica para essa época do ano, de -9,47% nas vendas em dezembro, em comparação com novembro. No último mês do ano, 16 dos 18 gêneros pesquisados pela Fiep tiveram desempenho negativo. As reduções atingiram inclusive dois dos três setores de maior participação relativa no faturamento da indústria paranaense: ‘Alimentos e Bebidas’ (?10,27%) e ‘Veículos Automotores’ (?8,27%). Juntos com o setor de ‘Petróleo e Produção de Álcool’ – que cresceu 6,11% em dezembro –, esses gêneros representam cerca de três quartos do peso médio na composição das vendas do Estado.

Já no acumulado do ano, a Fiep aponta crescimento nas vendas de 12 dos 18 gêneros analisados. Os itens que mais se destacaram em 2012 foram ‘Material Eletrônico e de Comunicações’ (+22,84%), ‘Têxteis’ (+20,54%) e ‘Vestuário’ (+18,29%). Além disso, o setor de ‘Veículos Automotores’, com aumento de 15,96% em suas vendas no ano, foi o que teve maior contribuição proporcional para o desempenho positivo acumulado no ano por toda a indústria paranaense. Por outro lado, os gêneros com maiores decréscimos foram ‘Edição e Impressão’ (-23,44%), ‘Metalúrgica Básica’ (-17,28%) e ‘Móveis e Indústrias Diversas” (-15,68%).

Com o resultado positivo de 2012, a indústria paranaense acumula três anos consecutivos de crescimento, justificado principalmente pelas boas safras agrícolas registradas no Paraná e pelo crescimento da economia nacional. Esse ritmo de expansão das vendas foi registrado anteriormente em outros dois períodos da série histórica da Fiep: entre 1999 e 2001 e entre 2005 e 2007. Em apenas um período, entre 1992 e 1997, registrou-se um crescimento consecutivo superior a três anos.

“Esses resultados mostram que a indústria do Paraná, apesar de todas as dificuldades que encontra, continua com um crescimento consistente e contribuindo de maneira significativa para o desenvolvimento econômico e social do Estado”, afirma o presidente da Fiep, Edson Campagnolo.

Mas para que não apenas a indústria paranaense, mas também a nacional, continuem em crescimento, Campagnolo cobra a adoção de medidas definitivas que aumentem a competitividade da produção brasileira. “Dificilmente continuaremos tendo níveis elevados de crescimento, neste ou nos próximos anos, se não solucionarmos muitos dos entraves que atrapalham o setor produtivo brasileiro”, diz o presidente da Fiep. “O governo federal tem agido de maneira pontual para atacar alguns dos problemas, mas o País precisa encarar de frente as reformas necessárias para destravar seu desenvolvimento, como a Tributária e Fiscal, a Política, a Previdenciária e a Trabalhista, além de tornar permanentes e consistentes os investimentos em infraestrutura e educação de qualidade, entre outros pontos”, acrescenta.

Destino das vendas

Os resultados da pesquisa da Fiep mostram que, em 2012, as vendas da indústria paranaense para outros estados do País cresceram 8,60%, enquanto os negócios dentro do próprio Estado e com o exterior caíram -2,64% e -2,77%, respectivamente. “Esse resultado fez com que a dinâmica intrínseca da economia estadual, cujo desempenho nos últimos anos vinha se demonstrando superior à média nacional e com vendas para o próprio Estado crescendo em participação relativa, começasse a manifestar inversão dessa tendência”, explica o coordenador do Departamento Econômico da Fiep, Maurílio Schmitt. No acumulado do ano, as vendas para outros estados responderam por 43,90% do faturamento da indústria paranaese, enquanto os negócios dentro do próprio Estado responderam por 39,62%,

Schmitt ressalta ainda que, no ano passado, as exportações atingiram o menor índice de participação relativa nas vendas da indústria paranaense desde 1999. Em 2012, apenas 16,48% dos produtos industrializados do Estado foram vendidos para outros países. “Neste 2012, a cotação média do dólar, de R$1,96, apesar da desvalorização do Real em relação a 2011, quando era cotado a R$1,68, não foi suficente e continuou a inviabilizar as exportações de produtos industrializados”, diz o economista.

Por outro lado, as aquisições de insumos pela indústria do Paraná mostraram resultados positivos para compras no Paraná (+2,19%) e no exterior (+3,89%), e negativos para as de outros estados do País (-0,04%). Os resultados acumulados em 2012 mostram ainda resultados positivos nas compras de insumos para 11 dos 18 gêneros pesquisados.

Nível de emprego

Em relação ao nível de emprego na indústria paranaense em 2012, houve um aumento de 2,89% no ‘pessoal empregado total’ e de 2,60% no ’pessoal empregado na produção’. Com este aumento, 2012 se transformou também no ano de maior nível de emprego da indústria paranaense, superando 2010 em 3,38%.
Fonte: Fiep
 

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