sexta, 04 de fevereiro de 2011

Missão busca aperfeiçoamento do queijo produzido no Sudoeste

 

Francisco Beltrão - Conforme previsto, como uma das atividades do projeto de cooperação entre a Agência de Desenvolvimento Regional do Sudoeste do Paraná e a região do Vêneto - Itália - ocorreu, nos dia 26 e 27 de janeiro último, a missão à Minas Gerais para a troca de conhecimentos acerca do queijo artesanal fabricado naquele Estado, produzido a partir do leite cru (in natura). A Missão foi realizada na microrregião da Canastra, composta pelos municípios de Bambui, Delfinópolis, Medeiros, Piumhi, São Roque de Minas e Tapirai.

                Participaram da visita o diretor executivo da Agência de Desenvolvimento Regional, Célio Boneti, os professores da UTFPR - João Marchi (Francisco Beltrão) e Simone Beux (Pato Branco) - e o representante da Unicafes, Christophe de Lannoy. A missão foi recepcionada Estruturada por uma equipe formada pelos extencionistas Odílio Teles Teixeira e Gabriel Antônio Torres, zootecnista Alberto Schwaiger Paciulli e pela nutricionista Viviane Helena de Melo. A equipe apresentou ao grupo do sudoeste do Paraná, o Programa Estadual "Queijos Minas Artesanal", coordenado pela Emater.

                Em Medeiros, Bambui e Tapirai, foram realizadas visitas às cinco propriedades produtoras de queijos fabricados a leite cru - propósito da missão - e, após observação das instalações, foram trocadas experiências com os proprietários de cada unidade. A escolha da referida microrregião de Minas Gerais e das propriedades visitadas foi realizada a partir da observação que esta região mantém uma tradição na produção de queijo em pequenas unidades familiares e é sustentada por legislação e programa governamental próprio. A similaridade com a região sudoeste do Paraná está no tamanho das unidades queijeiras e das propriedades.

                O ponto de destaque está na atuação do governo do Estado de Minas Gerais, pela formulação e promoção de lei específica que dá estrutura ao programa de assistência técnica às queijarias, coordenado pela Emater, e regula o processo de fabricação do queijo, especialmente em relação às questões higiênico-sanitárias necessárias à fabricação a partir de leite in natura (sem pasteurização). Conforme as lideranças que participaram da missão, o exercício de fiscalização no cumprimento dessas leis é bastante rigoroso naquele Estado. Os representantes da Emater de Minas Gerais afirmaram que o interesse sobre a produção de queijo com leite cru começa a se disseminar em diversos estados brasileiros, num esforço de resgate desta prática pelo forte apelo cultural.

Projeto               

                Este é o segundo projeto executado pela Agência de Desenvolvimento com a Itália. Em 2008, foi realizado um curso de aperfeiçoamento para os queijeiros do sudoeste do Paraná em parceria com a Região de Piemonte. Neste projeto, em novembro de 2010, um queijeiro e um engenheiro agrônomo, ambos italianos, estiveram durante uma semana, na região, capacitando queijeiros sudoestinos para a produção de um queijo singular, produzido a partir do leite cru, que pudesse ser representativo da região.

Em janeiro, após a maturação necessária, os queijos foram monitorados e analisados por técnicos brasileiros da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e os relatórios encaminhados à Itália. Na seqüência das atividades do projeto referido, três técnicos da região irão a região de Veneto, também a finalidade de obter informações do processo de fabricação de queijo com leite cru, bem como os modelos organizacionais dos produtores italianos.

UM POUCO DE HISTÓRIA

Pasteurização é o processo usado em alimentos para destruir microorganismos patogênicos ali existentes. No final do século XIX,os alemães iniciaram a aplicação do procedimento da pasteurização para o leite in natura, comprovando que o processo era eficaz para a destruição das bactérias existentes neste produto.

A produção de um queijo com leite in natura só é possível, porém, respeitando-se as condições de higiene rigorosas, que permeiam desde a produção do leite até os aspectos físicos das instalações dos laticínios queijeiros (tipo de pasto utilizado para alimentação de gado leiteiro e transporte utilizado). Em agroindústrias de pequeno porte, que produzem seu próprio leite, estas condições são facilitadas.

Fonte: Diário do Sudoeste
 

PARCEIROS E APOIADORES

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